Putin ordena expansão do Exército em meio a tensões com Otan; efetivo de combate ultrapassará EUA e se tornará 2º maior do mundo

Putin ordena expansão do Exército em meio a tensões com Otan; efetivo de combate ultrapassará EUA e se tornará 2º maior do mundo

O presidente russo assinou decreto nesta segunda (16) para aumentar o tamanho regular do Exército em 180 mil soldados, totalizando 1,5 milhão de militares ativos.



"Tomaremos decisões condizentes com as ameaças que nos serão criadas", disse Vladimir Putin — Foto: Reuters

"Tomaremos decisões condizentes com as ameaças que nos serão criadas", disse Vladimir Putin — Foto: Reuters

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou nesta segunda-feira (16) que o tamanho regular do exército russo seja aumentado em 180 mil soldados, totalizando 1,5 milhão de militares ativos. Essa expansão tornaria o Exército russo o segundo maior do mundo, menor apenas que o da China.



Em um decreto publicado no site do Kremlin, Putin ordenou que o tamanho total das forças armadas fosse aumentado para 2,38 milhões de pessoas, das quais 1,5 milhão seriam militares ativos. A ordem para expansão do contingente das Forças Armadas, terceira desde o início da guerra, ocorre em meio a tensões com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliados da Ucrânia. (Leia mais abaixo)

Segundo dados do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), um dos principais think tanks militares, tal aumento faria a Rússia ultrapassar os Estados Unidos e a Índia em termos de número de soldados de combate ativos disponíveis, ficando atrás apenas da China em tamanho. O IISS afirmou que Pequim tem pouco mais de 2 milhões de militares em serviço ativo.



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A medida ocorre também enquanto as forças russas avançam no leste da Ucrânia em partes de uma extensa linha de frente de 1.000 km e tentam expulsar as forças ucranianas da região de Kursk, na Rússia.

Embora a Rússia tenha uma população mais de três vezes maior que a da Ucrânia e tenha recrutado com sucesso voluntários em contratos lucrativos para lutar na Ucrânia, ela tem --assim como as forças de Kyiv-- sofrido pesadas perdas no campo de batalha, sem sinais de que a guerra termine em breve.

Ambos os lados afirmam que o tamanho exato de suas perdas é um segredo militar.

Andrei Kartapolov, presidente do comitê de defesa da câmara baixa do parlamento russo, disse que o aumento no número de tropas ativas faz parte de um plano para reformular as Forças Armadas e aumentar gradualmente seu tamanho para se adequar ao que ele descreveu como a situação internacional atual e o comportamento de "nossos ex-parceiros estrangeiros".